Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

terça-feira, 24 de novembro de 2009

PLANO \nclinado - "Mas isto é um Estado ?"



«Mas isto é um Estado ? Isto é uma blague! Isto não pode continuar assim! Isto é na Constituição que se tem que mexer. Alguém deve ser o representante do povo e o responsável perante o povo.» (a partir do 39m 01s)

«(...) o Salazar não veio lá de Coimbra a correr tomar o poder. Aquela democracia incapaz, aquela democracia não, já era uma ditadura, mas aquela ditadura que derrubou a democracia, teve que lhe entregar o País. Ninguém sabia o que havia de fazer. E é isso que a gente tem de evitar. E estupidamente estamos a caminhar para situações similares…ceguinhos !» (44m 11s)

«A Europa não nos deixa cair» (45m 06s) ...veremos, por enquanto

«Poderemos ser uns mendigos profissionais se é que já não somos uns mendigos profissionais» (45m 16s)

«(…) sinto-me um português miserável. Quer dizer…Nós continuamos a viver à custa alheia ?! Por mendicidade…(…). Esta mensagem (…) é uma mensagem muito frequente. Mas quer dizer, mas acho que é uma mensagem muito triste. Não é uma mensagem digna de um País que tem nove séculos de História (…). Não é uma vergonha ? Para um País que chegou à Índia antes dos outros todos…no Brasil ?» (45m 44s)

Fonte - http://sic.sapo.pt/programasInformacao/scripts/videoplayer.aspx?ch=plano-inclinado&videoId={9906A4AD-9572-4815-9CD5-D8E13018BA20}

Post Scriptum: 95 % de acordo com o Dr. Medina Carreira. Partilhamos da mesma visão que o regime, na forma em que está, irá sofrer, a bem ou a mal (esperemos que a bem) uma alteração. Neste sentido, também Miguel Sousa Tavares já falou, recentemente, acerca da mesma conclusão. Porém, Dr. Medina Carreira, o nosso ponto de discórdia, os tais 5 %, residem nisto: nunca um sistema presidencialista puro. Nem por 10 ou mais anos. Com a "malta" que anda por aí a fazer-se ao lugar, seria pior a emenda que o soneto. Ainda se nos dissesse o Prof. Cavaco Silva...até se entendia. Mas esse, coitado, não deve alcançar sequer um segundo mandato. Agora...preste atenção a quem já está na calha, e diga-nos se um sistema presidencialista funcionaria ? Queria um António Guterres como Presidente ? Até houve quem dissesse, sobre este senhor, no programa “Eixo do Mal”, que ele terá sido o segundo pior português de sempre atrás de Afonso Costa… Facto: deixou o País como está agora, bastante mal. Isso nós não queremos. Quer o poeta Manuel alegre? Pessoa maior da nossa cultura, de apurada formação, convicto naquilo que acredita e de forte carácter…sem dúvida. Merece o nosso respeito. Mas...acha-o adequado e queria-o no dito lugar, nos tempos que vivemos hoje ? Nós não queríamos. Quer o Eng. Sócrates ? Nós queremos um Rei ! Apenas um monarca não destabilizará a forma de regime dual portuguesa, cujos contornos são constitucionalmente seculares e nem a república se despojou deles. O soberano, este sim, enquanto pessoa estruturalmente idónea, mas bem assessorada (entre outros por exemplo por si que nos granjeia o maior respeito, rigor e admiração), é que poderia nomear democraticamnete um Governo pleno de poderes, apartidário, composto por servidores públicos de modo a colocar Portugal no caminho do progresso, como são as monarquias enquanto os países mais desenvolvidos do planeta. Salvo o devido respeito, acrescentaríamos ao seu raciocínio a chave para absoluta idoneidade na chefia de Estado, e esta advém não dos votos mas da democrática, transparente, incorruptível e preparada posição constitucional de um Rei. 
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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

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«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)