Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

sexta-feira, 26 de março de 2010

Ora cá está a essência do assunto…

Sinopse - «Passados 35 anos do fim da monarquia (…) a Rainha D. Amélia, nunca se esquecendo daqueles homens, foi à Ericeira «dar uma recompensa financeira e agradecer aos cerca de dez pescadores, que remavam as duas embarcações que transportaram a família real até um navio atracado em alto mar e que a iria levar até Inglaterra.»


«“Na altura estavam muitos banhistas e houve um coronel [na reforma] que confrontou o delegado marítimo, que era tenente, ao dizer-lhe que tinha perdido uma oportunidade de figurar na história se tivesse dado ordem de prisão à família real. O delegado respondeu-lhe, sendo ele seu superior militar, estava em melhores condições de o fazer”, disse.»

«Na praia e no muro, onde ainda hoje visitantes e população avistam a costa, “havia muita gente a chorar pela família real”, refere o octogenário, justificando que a população “não estava politizada”» (sombreado nosso)

«Cem anos após o acontecimento, ocorrido no mesmo dia em que foi proclamada a República (05 Outubro de 1910), as memórias da tradição oral entre a população da Ericeira vão-se desvanecendo no tempo, à falta de um monumento que o perpetue no futuro.
“Só há uma placa na capela [de Nossa Senhora da Boa Viagem], mas foi posta por um particular em 1960”, lamenta.
No centro da vila, nem mesmo a toponímia dá conta do acontecimento, uma vez que a Praça D. Amélia passou a Praça da República.»

Fonte - Destak

Comentário – Em suma: Os Reis sempre mantiveram uma relação sincera com o povo, daí este nunca Os ter renegado. Eu nunca os renegarei. O povo nada teve que ver com a queda da Monarquia. Não foi ouvido, tido nem achado…curiosamente até hoje. A população chorou! Porquê ?! Porque «não estava politizada». Eu quero um chefe de Estado que me garanta isso mesmo: fazer-me sentir apolítico face a ele e vice-versa. A preocupação da república em camuflar os factos, esconder o fulgor do povo pela monarquia e ficar surda aos apelos de referendo, ainda hoje, é gritante: nem uma referência escultórica às figuras no local…? Nem por interesses, ao menos, turísticos ?! Mas por quanto tempo vamos estar inseridos nesta depressão colectiva chamada república portuguesa?! Eu quero evoluir ! Eu quero seguir o modelo de uma Noruega, de um Canadá, de uma Austrália, de uma Holanda, de uma Suécia, de uma Inglaterra, de uma Dinamarca… Há que começar do princípio. Reformar o topo da pirâmide, é este que, desde 1910, nos anda a leva até ao fundo. Vamos ouvir, por referendo, o que o povo (que somos todos nós) tem para dizer sobre isso…
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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

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«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

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