Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Umas pitadas no "Albergue"...

Intervenção 17
Foram os complexos de alguns que nos tiraram a nossa boa Monarquia e também dificultarão o seu retorno.
Digo isto sem qualquer tipo de contaminação emocional. São manifestações objectivas que demonstram o afirmado. Senão vejamos: que outro sentimento, não formal e ideológico, leva um regime, supostamente empoleirado na universalidade de voto, a impor-se por intermédio do assassínio de um Chefe de Estado numa democracia parlamentar estável da Europa e, de seguida, recorrendo a uma revolução armada e sangrenta...sem nunca ouvir o povo?
Caro Rodrigo, como é óbvio, tenho de concordar (absolutamente) com o seu post. O Rei, como figura de Estado, é um resultado de séculos pensantes sobre a matéria. O Rei como não é político, não fracciona. Não fraccionando une, e unindo progredimos…! Muitos foram os filósofos políticos que apostaram num regime diferente do nosso actual, ou seja monárquico. Refiro-me em particular aos alemães do século XIX. Mas para nosso mal, tivemos o azar de levar, sem auscultação popular, com uma república que definha, de ano para ano, o País. Quem viaja a países monárquicos, em especial da Europa, percebe, por intermédio das suas consciências colectivas (maxime os seus cidadãos), porque disseram ao ideal republicano: não! Não estamos interessados! 
Mais…! Não tenho partido e a cada dia que penso sobre esta questão concreta, acredite, sinto-me mais democrata, mais apartidário, mais neutro politicamente (embora mais defenido ideologicamente), mas cada vez mais convicto e certo daquilo que é melhor para o meu País em razão da sua tradição histórico-constitucional. O bom deste assunto é que somos cada vez em maior número, somos cada vez mais esclarecidos sobre o que se passou 100 anos atrás, e conforme alguém disse: "A Monarquia já foi uma ilusão maior".
Bem-haja e bom trabalho!
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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

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«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

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«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)