Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Algures num think tank...

R,
Pelas notícias que cada vez mais vão chegando (agora já é a Ministra do Trabalho da Sra. Merkel), o Federalismo está mais próximo. Infelizmente o cenário que venho delimitando para Portugal, desde 2009, infelizmente repito, está se afigurando certo.

Ou seja, o que vamos é a ficar a dizer adeus a Portugal tal como foi fundado em 5-10-1143, o mesmo que tanto gosto. O nosso Portugal e as nossas gentes. Se nada for feito pelas verdadeiras cores deste País, a república e o seu vermelho e verde fundados na Carbonária francesa, vão, finalmente, passados todos estes anos, conseguir o seu propósito maior: tornar Portugal um protectorado da Europa. Quem gostar disso...faça favor! Eu estou com aquele que não vota nem é eleito por partidos…desde 1143 a 1910!

Sabes, era típico na propaganda republicana, desde do reinado de D. Carlos I, enxovalhar o Rei. Descredibilizar é a melhor forma de abater alguém…é “tipicozinho” português.
Por falar em abater, ainda hoje ninguém se dignou a perguntar ao povo (do qual faço parte com muito orgulho), e não às elites, ao povo mesmo, o que acham de um partido de 7% ter morto o chefe de Estado e seu jovem filho em democracia constitucional e ficar tudo bem e nós calados até hoje. Uma nota neste contexto: tenho honra que o meu Sporting tenha sido o único clube, numa postura firme e corajosa, a prestar uma última homenagem ao grande diplomata que foi D. Carlos no seu funeral....mesmo correndo o risco de receber a mesma sorte naqueles tempos conturbados, i.e. um tiro pelas costas. Curiosamente, após estes anos todos, o bis neto directo de Miguel I (via paterna) e de D. Pedro IV (via materna) recebeu o Sá Pinto no seu casamento, evento o qual o desportista manifestou publicamente a honra de ter sido convidado enquanto o único futebolista português. Eu também lá estive nesse dia, vindo do Norte para Lisboa, sozinho, para assistir ao evento. Posso dizer-te que nunca senti tanta alegria em público, com tantas pessoas de diferentes proveniências e estratos sociais e sem interesses alguns ali juntas para estarem, em genuína alegria repito, com o senhor duque de Bragança num momento importante para ele. Já me conheces minimamente para saber onde não houver interesses, é potencialmente um local que me agrada. Ali era mesmo…com o povo em alegria! Não havia caravanas pré montadas.
Eu tenho orgulho em ter SAR o Senhor Duque de Bragança como meu concidadão: um bom homem; um homem simples que não se enquadra em protagonismos; um homem que foi o primeiro a dar a cara por Timor quando ainda não era "moda”; um homem que enfrentou o Regime da II república - Estado Novo e pagou um preço por isso (mas poucos falam); um homem que conhece e gosta das nossas tradições e as nossas gentes como nenhuma outra figura pública; uma pessoa que normalmente só é reconhecido por quem tem uma postura aberta na vida e não cai em pré-conceitos de rebanho; um homem mais reconhecido lá fora que cá dentro; um ecologista e protector das raças e animais portugueses e não só, etc, etc. Mas como não tem partido...é só aplicar a velha formula: desdenhar! À semelhança de seu pai, D. Duarte Nuno (reconhecido pelo pacto de Dover por seu primo El-Rei D. Manuel II como legítimo sucessor da Casa de Bragança) no Regime Salazarista, um Rei não interessa….é neutral! É incomodativo aos interesses instalados! À semelhança dos países mais desenvolvidos do mundo, 8 monarquias constitucionais nos 11 primeiros em IDH mais desenvolvido (dados 2010 UN), aqueles mesmos que não têm de pedir esmola ao FMI, ou que atravessam problemas financeiros internos graves, precisamos de muitos mais anos de informação e formação para desmitificar a ignorância que ainda prolifera quanto à Monarquia Constitucional! Qunado a forte crise se abater sobre todos nós…aí vão gritar aqui D’ El-Rei. Mas nessa altura só temos PR’s para nos dizerem adeus, para nos acenarem...
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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

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Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)