Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Como português estou INDIGNADO, retroactivamente, desde 5-10-1910!

Isto deu azo a think tank no meu mural do facebook:
Parte 1 - E hei-de de dizer até aos meus últimos segundos de vida!

É com regozijo que recebo essa informação de teres percebido. Mas se ainda continuamos em república, pelo que sei há 5 min. ainda estávamos, é porque o plural empregue por ti revela o contrário: ainda não perceberam nada de nada! O País afunda-se e ainda celebramos pomposamente a república! Viva a república?! Mas viva o quê? O país está moribundo na sua soberania e o que sabem dizer é viva a república?! Já agora viva a da Sra Merkel, a do Sr. Bush e Obama, a do Sr. Sarkozy e a do Sr. Sócrates!
Tu que és uma espantosa mulher do Norte, devias ter orgulho nisto: http://pt.wikipedia.org/wiki/Monarquia_do_Norte
Por fim, digo-te que a república nua e crua que temos é geneticamente destrinçada neste drástico mas corajoso vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=vmcxQWImoRU (parte I)
A parte II podes tu procurar nos tubes. 
Não quero deixar este Portugal para os meus filhos!

Parte 2 - VER - Diário da República nº 28 - I série- datado de 10 de Fevereiro de 2010 - Resolução da Assembleia da República nº 11/2010.

Parte 3 - MJ, estou convicto que se regressarmos a uma Monarquia Constitucional, a médio ou longo prazo, estaremos no rumo certo. Não são argumentos do passado, são também de presente (vê o IDH de 2010 e para trás da ONU) e de futuro!
Discordo em absoluto quando dizes que fomos um “(…) país pobre que sempre quis ser rico, e que mesmo quando, de facto, teve condições para ser rico (e nessa altura vivamos em Monarquia) não soube pensar, nem gerir. Gastou tudo o que ganhou.” Portugal não quis ser rico, o Reino de Portugal e dos Algarves (pois era assim que nos chamávamos – outra brutal incorrecção do actual sistema que uma dia explico-te) no tempo de D. João II e D. Manuel I fomos senhores de um Império originalmente comercial que dominou mais de meio planeta! Nunca os EUA, nem ninguém, conseguiram isto, num modelo desta espectacularidade. Fomos ricos e gerimos um império tremendo, com enormes complexidades administrativas por 560 anos, já contando com a perda do Brasil. A este propósito, a perda do Brasil deu-se pela gestão do pior Rei que tivemos (D. Pedro IV), na minha opinião um enorme responsável pela queda da Monarquia e do actual estado a que “maçonicamente” chegamos. Este facto teve consequências devastadoras para Economia de Portugal. Não podemos esquecer que, até aquela altura, Portugal e o Brasil eram uma coisa só. O problema é que deixou de ser. A partir daí Portugal deparou-se com um conjunto de graves problemas a resolver: perda do Brasil; um País devastado pelas revoluções francesas; as Guerras Liberais (que para piorar as coisas o tal Rei entra em conflito com o irmão D. Miguel I que tinha sido escolhido pelo povo), etc. Quando as coisas estabilizaram, os Reis liberais da Monarquia Democrática e Constitucional tiveram a necessidade de fazer fortes investimentos estruturais para relançar e inovar Portugal. D. Carlos preparava-se para investir em África quando foi atraiçoado e morto pela Carbonária (braço armado da Maçonaria e do Partido Republicano) e 2 anos depois é implantada a república, à força, sem qualquer legitimidade democrática, por um partido, repito por um partido, de 7% no Parlamento. Ou seja, é como se o PCP matasse hoje o PR e implantasse o regime Estalinista à força e ficava tudo calado durante muito tempo. Achas isso saudável? Achas isso indiciador de um bom futuro? Derrubar um regime democrático pelas armas de uma elite e ficar tudo calado até hoje? Como diz o nosso povo: pau que nasce torto…enfim. Não questionas este regime em que vives? 16 anos de caos, 48 de Ditadura e 37 de 3 falências e Casas Pias, Freeports, Isaltinos, Felgueiras, etc, etc… Um regime que te foi imposto por/em Lisboa?! Não dás crédito a um regime que nasceu no Norte e resistiu no Norte (em 1919)? Onde estão os lobbys centralizados hoje? Em que local foi assassinado o Rei D. Carlos e seu jovem filho de forma vil? 
Vivemos 767 anos em Monarquia e fomos sempre grandes e progressistas, mesmo quando as verbas não abundavam. Pioneiros em direitos humanos, exemplo para outros países com Reis como D. Pedro V, D. Luís e D. Carlos I. Curiosamente os nossos últimos reis, sobretudo o que foi cobardemente morto (D. Carlos), eram os melhor preparados. A Monarquia cai por um problema governativo, em que o chefe de Estado foi agente activo na tentativa de resolução de um problema que não era dele e pagou o preço máximo. O que fazem os PRs hoje em nossa defesa? Se tiveres visto aquele vídeo, que é absolutamente verdadeiro, repararias que vivemos num regime implantado pelo terror e até hoje ninguém questionou isso. Não te espanta que em 100 anos nada tenha corrido bem? Mais, que a actual crise paire centralizado em repúblicas (EUA, Alemanha, França, Grécia, Portugal e Irlanda)?
A minha certeza é uma certeza de mentalidades e de preparação de nascença para um cargo. 
Por fim, digo-te que concordo quando dizes que a “História repete-se em ciclos...”. Daí que em república, em meros 100 anos, a república faliu 4 vezes! Só a II, a da Ditadura, não faliu. Mas já em 767...quantas foram as “falências”?! Ao menos que se use a mais básica regra percentual…se não querem recorrer a outros argumentos ainda mais óbvios para se reconhecer qual o melhor caminho.
Quero que os meus filhos tenham um País à semelhança da Suécia, da Noruega, da Holanda, da Dinamarca, do Japão, do Canadá, etc, etc…países que não são falados hoje, em crise, pelos piores motivos mas sim pelos melhores.

Parte 4 - A questão é esta: nenhum de nós viveu 150 anos para ter sabido o que foi viver em Monarquia. Apenas vivemos em república e não é preciso vir uma 4.ª para saber que isto não funciona mesmo!
Mas concordo com os problemas que elencas relativamente a Portugal, mas é nisso que a mudança do regime pode causar a diferença (e aqui discordo). Conforme estou farto de apregoar, o problema do compadrio está (in)directamente impregnado na nossa consciência colectiva, pois no topo da pirâmide não temos um representante de todos mas sim de uma facção de um partido mais especificamente. Um alpinista político!
Daí que é precisamente o inverso daquilo que dizes: é o modelo politico que deve ser mudado, ou como prefiro dizer o modelo regimental.
Quanto à Espanha: 1.º) Ao contrário de nós foi dado o direito aos espanhóis escolherem e eles, espertos, não quiseram ficar com o refugo. Escolheram Monarquia!;
2.º) Em 2004, até o atentado de Atocha, que mudou a direcção de voto, a Espanha de Aznar já era um gigante que assustava a UE;
3.º) Por fim, eles ainda não tombaram, apesar da desgraceira que o Zapatero lá fez! Muito sinceramente: até consigo preferir o Sócrates ao Zapatero. Proporcionalmente prejudicou muito mais a Espanha que o "Engenheiro" Portugal, sem descurar que o 1.º era o "mestre" do 2.º. Um fazia uma coisa em Espanha e lá vinha o outro a copiar para Portugal!
Um sueco não foge aos impostos...eu também não fujo! Não me revejo no xico espertismo republicano-português!
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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)