Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A fonte que matou a sede

«Aqui será teu nome docemente
Oh Veiga ilustre sempre repetido
Em quanto este povo agradecido
Nestas águas matar a sede ardente»

Esta frase está aposta na fonte pública da Fajã de Baixo, monumento inaugurado em 1816. 
Nos finais do século XVIII, num período de enorme escassez de água potável, o povo da Fajã de Baixo passava por grandes necessidades relativamente àquele bem essencial: a água.
Não tendo outra alternativa e dada a gravidade da situação o Morgado da altura, Agostinho Cymbron, dirigiu à Rainha D. Maria I o apelo daquela população em vincadas necessidades, expondo a situação por intermédio de uma petição.

Uma vez recepcionado o instrumento usado por Agostinho Cymbron, e perante os factos, S.M. a Rainha D. Maria I, focada em ajudar aquela pequena parcela do seu povo, embora distante, desde logo, a 13 de Janeiro do ano seguinte à recepção da aludida petição, veio oficialmente reconhecer, por provisão, que o povo da freguesia de Nossa Senhora dos Anjos vivia «na maior consternação pela falta de água (…), usando das encharcada das chuvas (…) com evidente ruína da sua saúde».

Assim, pelo serviço público prestado pela Rainha ao seu povo em carência…aquela gente pôde dizer até hoje inscrito na pedra:

«Em quanto este povo agradecido
Nestas águas matar a sede ardente».

Fonte - “A Partilha - Boletim de Informação, Cultura e Desenvolvimento Local”, N.º 61, Ano VI, Outubro de 2011.
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