Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

sexta-feira, 9 de março de 2012

O desgaste...

O desgaste de um Governo reside na incontornável dinâmica governativa, com a inevitável aplicação reiterada de políticas que agradam a uns e desagradam a outros.

O desgaste de um Rei Constitucional reside no limite das suas faculdades e possibilidades humanas, cujas funções de exclusiva preparação só terminam, essencialmente, com a morte ou com a Abdicação. Depois dá-se a sua substituição pelo legítimo herdeiro, aclamado nas Cortes (i.e. no Parlamento). O Rei é Rei para sempre. Nasce para ser Rei, ou seja uma vida absolutamente entregue à preparação para servir e representar os seus concidadãos.

O desgaste do PR é quase nenhum. Não tem o das políticas governativas nem o do limite das suas faculdades e possibilidades. Só fica 5 anos a representar, 10 se gostar do lugar, e passado esse tempo sai e recebe uma reforma, guarda-costas e outros “extras” pagos com os meus impostos. Depois vem o seguinte, “escolhido” de acordo com a ocasião e com o melhor “posicionamento” num determinado partido, seja esse igual ou diferente da cor do seu “antecessor”.
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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)