Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A (ir)Responsabilidade quanto a África

A nova chefe de Angola, Isabel dos Santos, a qual controla investimentos decisivos na república portuguesa por intermédio do Bpi, da Zon e até eventualmente da Sonae, fora outros, é a personificação, hoje, do quão foi um erro, de contornos aberrantes, o caminho para onde fomos evacuados, à pressa e à força, pela república. 

A república não tem apenas a culpa e a ilegitimidade histórica pelo atentado à democracia que a faz perdurar até hoje. Tem, acima de tudo, culpa objectiva (e de certo modo quantificável) no percurso completamente errado que deu ao Ultramar. Em armas, em força, em insensibilidade, em descolonização irresponsável, da I à III, de ré em república, culminamos hoje num absoluto descrédito com o povo irmão de África. Estamos fragilizados e sem prestígio nesta comunidade PALOP. 

Em Monarquia, e pelos crimes republicanos mais acentuados de 1908 a 1910, não foi dado o devido tempo para abordar a resolução, pausada e estruturada, que estava em curso e que, na minha modesta opinião, teria hoje um muitíssimo melhor desfecho. É só lembrar que em 1907 o Príncipe Real Dom Luís Filipe tinha ido em missão de reconhecimento e sensibilização àquele Continente, como futuro Monarca que iria ser. O regime de então sabia que o nosso futuro era África, mas África em Monarquia…unidos por laços de absoluto respeito, abertura e autonomia. Membro tão importante da Família Real em África, só mesmo na ida para Alcácer Quibir de D. Sebastião… 

Uma verdadeira Commonwealth portuguesa morreu no dia 5-10-1910. And I rest my case.
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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

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«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

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Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)