Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

quinta-feira, 20 de junho de 2013

"Moçambique"


«As fronteiras são menos extensas que aquelas um dia loucamente sonhadas pelos partidos do Parlamento português. O irrealista Mapa Cor de Rosa durante algum tempo ocupou a facilmente impressionável e pouco esclarecida opinião pública nacional, mas as chamadas campanhas de pacificação e o consequente reconhecimento internacional, ditaram a futura existência de um país que tomaria o nome da ilha que até então, servira de capital a uma muito vaga soberania sobre um litoral que ia de Lourenço Marques ao Rovuma.

Logo desde os primeiros anos do reinado de D. Carlos I, a acção de homens como Mouzinho de Albuquerque, António Enes, Caldas Xavier,Ayres de Ornelas, Azevedo Coutinho, Joaquim José Machado e Paiva Couceiro, garantiu a integração do sul do Save, unificou o vasto território e possibilitou a existência do Moçambique que é hoje independente e um dos mais relevantes membros da CPLP. Sem aqueles militares, Lourenço Marques-Maputo seria o porto sul-africano Delagoa Bay, a Beira talvez hoje fosse a principal cidade do Zimbabué, enquanto Nacala e Porto Amélia-Pemba serviriam as cargas e descargas dos produtos de um Grande Malawi. A língua portuguesa, insistentemente ensinada pelas autoridades do maputo, comprovam o legado.

A história deve ser vista nas suas múltiplas tramas e a acção dosAfricanistas portugueses, foi de facto um cabouco fundamental sobre o qual se ergueu este promissor país.»

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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

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«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

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«Pergunta: Queres ser rei?

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Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)