Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Presidenciais 2016

Tenho assistido, de uma forma generalizada, àquela fantochada tipicamente republicana que leva a maioria dos candidatos “naturais”, ou seja de origem partidária, a assobiarem para o lado, a dizerem que “não são de facção”, que são “independentes” (faltando apenas dizer que sempre foram…), quase prestando-se a dizer que nunca pertenceram àquele partido (…o seu), etc, etc. É nestas alturas que se vê de forma claríssima o que é, na verdade, a república, que ela nada representa, é teatral, tétrica, desinteressante, abstracta e, sobretudo, partidária…a própria antítese da unificação dos portugueses.

Por outro lado, e apesar de ser monárquico, mas fosse republicano, não entenderia a dúvida de votar em Henrique Neto. Se ele não ganha/r, nada mais revela que o povo (entenda-se aquela minoria que ainda perde tempo em votar neste tipo de eleições) não está assim tão alheio de culpa nas votações em candidatos protegidos por máquinas partidárias, que esse povo não sabe distinguir a neutralidade da parte, a propaganda da realidade, o estrelato da honestidade e da competência. Ou sabe?! Aquele que deveria representar a verdadeira essência da república, o ‘self-made man’, perderá, como sempre perderá em república, para o representante de determinada oligarquia.

Se fossemos, de facto, uma democracia avançada, há muito que o Estado já deveria ter aberto aos portugueses a discussão por uma outra forma de Regime que não aquela que hoje perdura (ver caso da Constituição holandesa), a qual está desactualizada, não chama ninguém e continua a ser prazerosa para as oligarquias republicanas do costume pós-1910.

Quanto Portugal carece e almeja pela figura institucional e realmente neutral do Rei, à semelhança dos países histórico-constitucionalmente mais evoluídos.

Recuperemos a nossa estima colectiva. Haja abertura, haja progresso, haja referendo!


Foto - Obtida no respectivo link (clicar sobre ela).

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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)