Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Quando a república Protegeu a Rainha

Aquilo que os republicanos desdenharam, mal trataram, destruíram e, acima de tudo, tentaram apagar com uma bandeira, foi tão-somente o passado e a origem de um povo: a sua monarquia.

Recentemente muitos criticaram o deputado da madeira por manifestar-se na Assembleia Regional com uma bandeira do Daesh. O repúdio é óbvio, tratava-se de uma bandeira terrorista.

Todavia, como qualificar a manutenção da atual bandeira da república que, não traduzindo as cores originárias do nosso País, transpõe inegáveis semelhanças do estandarte da Carbonária, ou seja de um movimento terrorista que matou em Portugal?

Curiosamente, foi aquela bandeira - a republicana, em determinado momento, a proteger a Rainha contra perigosos invasores, mais concretamente quando, nos anos quarenta do século passado, D. Amélia se escusou em deixar a França para ir para Portugal, aquando das invasões alemães nacionais-socialistas, pois entendia que naquele país era mais precisa.

A república portuguesa como país neutral na II Guerra Mundial impedia, por intermédio da sua bandeira içada no Chateau de Bellevue, a entrada dos alemães onde vivia a Rainha.

A Rainha não ignorou essa realidade. De registar que, no seu enterro, aquela mesma bandeira, que uma vez estivera no Castelo, envolveu a sua urna.

Em suma, e apesar das consequências que a Família Real sofrera pelos republicanos, facilmente se conclui que a instituição monárquica, colocando sempre o País em primeiro lugar, não desdenhou, não mal tratou, nem destruiu ou tentou sequer apagar aquela bandeira, que apesar de ter sido imposta aos portugueses, por um lado, não deixava de ser representativa, por outro, de Portugal.


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