Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Papado do fortalecimento

Muitos acharam que o Papa João Paulo II devia ter abdicado nos últimos tempos do seu papado, dadas as suas condições de saúde. Alguns chegaram mesmo a afirmar que o Papa dava uma imagem decadente e, como tal, devia dar o lugar a um substituto.

No meu modesto testemunho, relativamente ao exemplo de S. João Paulo naquele período, e naquilo que ele me inspirava, devo referir que se tratava essencialmente de uma transmissão de força, uma força para continuar, uma força por via do exemplo, aquela que a ele, fisicamente, faltava mas que, porém, expressava-a pela sua vontade indómita de nos indicar o/um caminho. O exemplo e a tamanha determinação do Santo Padre revelavam, comparativamente, o quanto podem ser pequenos os nossos desígnios quando estamos acomodados. Como tal, o exemplo e a sua imagem não podiam ser mais inspiradores. Ainda hoje agradeço-lhe por isso. O papado para ele era uma missão ativa até ao último suspiro.

Acresce que o Papa João Paulo II era, mesmo na fase final da sua caminhada, uma inesgotável fonte de fortalecimento para os outros, aspeto que muitos e muitos líderes mundiais, nas suas plenas faculdades, nunca conseguiram.


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